“Foster diz a Eliziane que falta de sócio e de dinheiro inviabilizou refinarias no Nordeste”
“Na região Nordeste, a população não tem uma boa imagem da senhora, por que foi durante sua gestão que houve a suspensão das refinarias Premium, no Maranhão, e no Ceará”. A frase é da deputada Eliziane Gama (PPS-MA), durante reunião da CPI da Petrobras que ouviu a ex-presidente da estatal, Graça Foster, nesta quinta-feira (26).
Gama perguntou a Foster quais motivos levaram a Petrobras a cancelar o empreendimento no Maranhão (Premium I) que, somente na fase de projeto e terraplanagem, custou R$ 2 bilhões. A suspensão da obra ocorreu em janeiro de 2015.
A deputada do PPS também questionou a ex-presidente da estatal sobre qual a justificativa para a empresa não ter pedido autorização à Agência Nacional do Petróleo (ANP) para construir as refinarias nordestinas. No Ceará, o projeto foi batizado de Premium II.
Ao responder, Graça Foster disse que pediu à Petrobras documentos para mostrar os motivos do cancelamento da refinaria. A papelada foi entregue pessoalmente à deputada maranhense, que também é coordenadora da Comissão Externa da Câmara que acompanha o assunto.
“Tenho acompanhado o trabalho da senhora nesta CPI e saúdo pela insistência. Mas não fizemos (a refinaria) porque não temos sócio e não temos dinheiro para fazer neste momento”, justificou a ex-executiva da Petrobras.
Novamente questionada pela deputada, a depoente disse que no momento não há previsão de retomada da execução da refinaria, mas que se o cenário econômico melhorar e se a demanda pelo refino de petróleo aumentar, a estatal pode, no futuro, reestudar esta questão.
“Se a demanda cresce, a esperança permanece. E se a economia cresce e consumo cresce nem tudo está perdido”, acrescentou.
Eliziane também indagou Graça Foster se ela estaria “vivendo um dilema entre os princípios éticos e suas posições partidárias, já que o PT está neste emaranhado de denúncias que estamos acompanhado na Petrobras”.
Foster respondeu que não vive em dois dilemas.
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Diniz