A partir de uma pergunta feita no Instagram, várias mulheres maranhenses compartilharam relatos de assédios, abusos e importunações, tanto físicos, quanto psicológicos, sofridos ao longo da vida e que nunca tiveram coragem de expô-los.
A maioria dos relatos tratam-se de assédios no ambiente de trabalho.
Mulheres que nunca tinham tido coragem para falar, por medo ou vergonha, viram o questionamento feito na página do instagram da jornalista Isadora Fonseca como uma oportunidade de vir a público contar sobre os abusos que sofreram.
As mulheres que compartilharam seus relatos alegaram ter tirado um peso de si e conquistado uma sensação de alívio.
“Acho que quem já passou por isso deve ter tido essas sensações também de impotência e logo, eu era uma adolescente, não sabia direito o que fazer“, contou uma das mulheres abusadas.
No Brasil, mulheres são alvos diariamente de abusos, violência doméstica e feminicídio. Mais da metade das mulheres que sofrem algum tipo de abuso ou violência não denunciam. Vítimas de ameaças, elas se mantêm caladas por medo ou vergonha.
De acordo com dados do Fórum de Segurança Pública em relação ao ano de 2018 no Brasil, a cada uma hora, mais de 500 mulheres foram agredidas. A cada sete horas, uma mulher foi morta simplesmente por ser mulher. O país foi considerado o 5º com o maior número de feminicídios no mundo. Ocorreram mais de 66 mil casos de violência sexual em um ano. 180 estupros por dia, sendo que 82% das vítimas eram mulheres e 52% tinham até 13 anos.
Para denunciar qualquer tipo de agressão ou abuso contra a mulher, disque 180 para a Central de Atendimento à Mulher ou mande um e-mail para ligue180@spm.gov.br. Ambos canais funcionam em todo o Brasil e as denúncias são feitas de maneira anônima. No Brasil, a cada seis minutos, um caso de violência contra a mulher é registrado pelo Ligue 180, um serviço de utilidade pública criado para receber as denúncias de agressões.
Em casos presenciais, é recomendado que a denúncia seja feita em uma Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, porém, quando não houver uma delegacia especializada, a vítima pode recorrer ao posto policial mais próximo.
Em São Luís, a Casa da Mulher Brasileira é referência no país por ser a segunda Casa em funcionamento e o único Departamento de Feminicídio) e esta situada no bairro do Jaracaty.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentário
Diniz