Na tarde do último sábado, 29 de março, o deputado estadual Roberto Costa e o senador João Alberto estiveram no povoado Pedra do Salgado, no município de Vitorino Freire, a pedido dos próprios moradores, para uma grande reunião sobre a problemática que tem afligindo a população do local. Segundo o Ministério Público Federal, eles habitam uma área que pertence à tribo indígena Krenyê. O processo transita na Justiça Federal e considera a possibilidade de desapropriação de uma área que abrange as cidades de Vitorino Freire, Bom Lugar, Bacabal e Olho d’Água das Cunhãs.
Participaram também do encontro: o prefeito de bom Lugar, Sérgio Miranda; o prefeito de Vitorino Freire, José Leandro; o presidente da Câmara de Bom Lugar, Joca Miranda; os vereadores de Bacabal Serafim e Natália Duda; vereadores de Bom Lugar e Vitorino Freire; representantes de sindicatos; e, lideranças políticas dos municípios de Bacabal, Bom Lugar e Vitorino Freire.
Para Roberto Costa, que defende a permanência dos moradores no local, a desocupação atingirá milhares de famílias que já residem há mais de 70 anos naquela região. “Não podemos admitir que esta decisão prejudique toda essa população. É um desrespeito aos idosos que já residem nestas terras há tanto tempo, que construíram suas famílias aqui e daqui produzem e tiram o seu sustento”, afirmou.
O parlamentar já havia destacado o caso na tribuna da Assembleia Legislativa e solicitou a criação de uma Comissão Especial para acompanhar todo o processo. “Estamos juntos nessa luta para que possamos garantir os direitos de todos os moradores e produtores rurais que residem nestas terras, mas esperamos também que a FUNAI garanta o direito dos índios criando essa nova reserva indígena em áreas ainda não habitadas”, argumentou.
Durante a sua fala, o senador João Alberto prestou todo o apoio à população de Pedra do Salgado. “Todos os sindicatos de trabalhadores rurais, câmaras municipais e prefeituras devem estar unidos neste momento, e tenham certeza que terão todo o nosso apoio, porque esse problema não é só de vocês, é de toda a região do Médio Mearim”.
Após a reunião, foi decidida a constituição de uma Frente Executiva, com representantes de cada município, para acompanhar o processo e representar a população ameaçada de perder suas terras.
A ação civil pública iniciada pelo Ministério Público Federal há 12 anos recebeu, nos últimos dias, uma decisão favorável do juiz federal José Carlos do Vale Madeira, determinando que a Fundação Nacional do Índio (Funai) nomeasse uma comissão que irá iniciar o processo de estudos antropológico, cartográfico e ambiental desse local, para a constituição de um relatório técnico, para que, a partir daí, seja ou não demarcada as terras.
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Diniz