Segundo o deputado, que já atua junto ao Congresso Nacional e ao Ministério da Saúde, serão quatro unidades no Maranhão. Ideia é oferecer atendimento especializado em áreas como fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia e nutrição, entre outras
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada dez infectados pela Covid-19 relata casos de síndrome pós-infecção. No Brasil, a estimativa é que cerca de 1,5 milhão de pessoas sofrem com sequelas do coronavírus, que são as mais variadas e podem durar meses. Elas vão das mais comuns, como perda do olfato e do paladar, até casos mais graves como infarto, arritmia cardíaca, depressão e falta de ar, passando por quadros de fraqueza, perda de memória, dificuldade de raciocínio, queda de cabelo e distúrbios de pele.
A verdade é que ainda não se conhece todas as consequências da doença no corpo humano, motivo pelo qual os pacientes, mesmo após a cura, precisam ser acompanhados e tratados. E é justamente por isso que o deputado federal Juscelino Filho (DEM-MA) está propondo a criação de Centros de Reabilitação para Covid-19 no Maranhão. Segundo ele, seriam quatro nesse primeiro momento: em São Luís, Imperatriz, Santa Inês e Timon.
“Com a vacinação avançando em todo o país, é hora de pensar naqueles que estão vencendo o vírus, mas ainda enfrentam sequelas. Nesses locais, eles terão atendimento especializado para que consigam restaurar a qualidade de vida. Já estou trabalhando, no Congresso Nacional e junto ao Ministério da Saúde, para que tenhamos essas quatro unidades em nosso estado, aproveitando estruturas já existentes das redes municipais ou as preparando com recursos de emendas parlamentares”, explica o deputado.
A ideia é que os centros de reabilitação ofereçam diagnóstico e tratamento nas áreas de fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia e nutrição, entre muitas outras. “Jamais deixaremos de nos solidarizar com as famílias de uma cada um dos mais de 400 mil mortos pela Covid. É impossível não nos indignarmos com essa tragédia. Mas também precisamos celebrar as vidas salvas e olhar pelos sobreviventes da pandemia, que só no Maranhão são cerca de 240 mil, milhares deles com alguma sequela”, diz Juscelino Filho.
Risco de sequelas irreversíveis
De acordo com médicos, a forma com que os pacientes lidam com as sequelas no primeiro ano é fundamental para a evolução e a cura. Os primeiros três meses são os mais importantes, pois a chance de recuperação total é muito grande. De três a seis meses, a reabilitação é mais lenta, situação que piora gradativamente até os 12 meses após a infecção pelo coronavírus. Após esse período, os danos ficam bem mais complicados, o que pode resultar em consequências irreversíveis.
Outro fator que potencializa as sequelas, segundo os especialistas, é a gravidade da Covid-19. “Quanto mais forte for o comprometimento do organismo, maiores e mais prolongadas podem ser as síndromes pós-infecção. Isso, aliás, só reforça a importância de acelerarmos a vacinação em massa dos brasileiros, pois assim teremos menos transmissão e casos mais leves, o que vai impactar positivamente na quantidade e na gravidade das sequelas. A vacinação para todos é outra frente na qual temos trabalhado diariamente”, afirma Juscelino Filho.
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Diniz