Pelo menos três vezes por semana, o casal de
autônomos Gracielma Fernandes e Luis Carlos Fernandes vai ao Restaurante
Popular do bairro Sol e Mar, em São Luís, para realizar uma das principais
refeições do dia, o almoço. A qualidade da comida, a proximidade de casa e a
economia que fazem ao almoçar no local são os principais atrativos para o
casal, que agora cuida da pequena Luisa, de 10 meses. O almoço no Restaurante
Popular custa apenas R$ 2.
“É uma comida balanceada, tem nutricionista, é
muito gostosa e também é barata e isso faz muita diferença para a gente que é
autônomo, que não tem um salário certo ao final do mês e que tem uma criança
para criar. É tudo muito caro e a economia que a gente faz aqui ajuda a
comprarmos as fraldas durante o mês”, relatou Gracielma Fernandes.
Além deles, aproximadamente 1.000 pessoas almoçam
diariamente no Restaurante Popular do Sol e Mar. Assim como nas outras 12
unidades mantidas pelo Governo do Maranhão, na capital e no interior, por meio
da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedes), o objetivo é
promover a segurança alimentar de maranhenses em todas as regiões do estado.
“Os
Restaurantes Populares atendem mais de 13 mil pessoas diariamente e são parte
da estratégia do Governo do Maranhão para promover a segurança alimentar. Assim
como as Cozinhas Comunitárias, eles são os chamados equipamentos públicos de
alimentação e nutrição e integram a Rede Operacional do Sistema Nacional de
Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan)”, explicou a secretária adjunta de
Segurança Alimentar da Sedes, Lourvídia Caldas.
Restaurantes Populares estão beneficiando milhares de maranhenses.
Desde o início de 2015, a rede de restaurantes tem
sido reestruturada e ampliada. Além do Sol e Mar, na Região Metropolitana de
São Luís, os Restaurantes Populares também estão presentes nos bairros da
Cidade Olímpica, Coroado, Liberdade, Anjo da Guarda, São Francisco, Maiobão e
em outras regiões do estado como Chapadinha, Zé Doca, Lago da Pedra, Pedreiras,
e os recém-inaugurados em Grajaú e Açailândia.
Saúde e economia
Beneficiado com a ampliação da rede de Restaurantes
Populares, o pedreiro Raul Denis Serra Araújo, de 29 anos, almoça e janta no
restaurante do Sol e Mar de segunda a sexta-feira há dois anos. Ele também
frequenta a unidade em família, com o tio e o irmão. Paciente renal crônico que
necessita realizar hemodiálise regularmente, Raul possui muitas restrições
alimentares e encontrou no restaurante a oportunidade de comer uma alimentação
adequada e com economia.
“Aqui é uma
facilidade para eu me alimentar. Tenho muitas restrições alimentares por causa
do tratamento e não posso comer comida pesada e aqui a comida não pesa no sal,
tem os nutrientes que a gente precisa e é por isso que eu almoço e janto aqui
está com dois anos”, contou.
Quando questionado sobre o preço do prato, Raul não
esconde a satisfação. “O preço é bom demais, um PF (prato feito) aqui perto
custa R$12,00 e aqui a gente só paga R$ 2,00. Em casa a gente gasta com gás, na
feira está tudo caro e aqui só pago R$ 2,00 numa refeição que não me faz mal”,
destacou.
A auxiliar de serviços gerais e de cozinha
industrial Marise Farias, desempregada há 8 meses, nos dias em que não está
distribuindo currículos, leva os filhos Letícia, de 12 anos, e José Wilson, de
11 anos, para almoçar no restaurante. Além dela, família inteira gostar da
comida. Marise afirma que o restaurante ameniza a situação vivenciada por conta
da crise econômica.
“Se não tivesse estaria tudo mais difícil, seria
muito mais caro fazer a comida em casa. A gente economiza no gás e na comida
que precisaria comprar. Ainda bem que nós temos esse restaurante aqui”, contou.
Os Restaurantes Populares funcionam regularmente de
segunda a sexta-feira, das 11h às 14h30 para o almoço e às 19h30 para o jantar.
O preço da refeição custa apenas R$ 2,00, podendo qualquer pessoa frequentar a
unidade, com prioridade para grupos sociais em situação de insegurança
alimentar e nutricional.
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Diniz