A Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão realizou na manhã desta terça-feira, 20, sessão especial - convocada através do requerimento 567/2015 de autoria deputada Valéria Macedo (PDT), alusiva ao “Outubro Rosa”. A campanha, que acontece em todo o mundo em diversas atividades, neste mês, tem como objetivo conscientizar as mulheres sobre a importância do diagnóstico precoce e o tratamento do câncer de mama.
A sessão contou com as presenças das palestrantes Emanuela Brasileiro Medeiros, que é coordenadora de Saúde da Mulher, da Secretaria de Estado da Saúde; Gabriela Oliveira, médica oncologista; Ana Lícia Maia, médica oncologista do Hospital Tarquínio Lopes; Raquel Jorge Dino Cosseti e da diretora geral do Hospitam do Câncer Aldenora Belo. Também presentes os deputados, Wellington do Curso (PPS), Francisca Primo (PT) César Pires (DEM), Andrea Murad (PMDB), Othelino Neto (PCdoB), Zé Inácio (PT), Alexandre Almeida (PTN), Cristovan Filho, Eduardo Braide (PMN), Levi Pontes (SD); o secretário adjunto de Estado da Saúde, Carlos Lula, convidados e membros da imprensa.
Importância da Campanha
No início da sessão, após a execução do Hino Nacional Brasileiro pelo saxofonista sargento PM, Horiosvaldo Siqueira de Sousa, foi apresentado um vídeo com depoimentos que falam sobre a campanha do Outubro Rosa. Em seguida, Valéria Macêdo agradeceu a presença de todos e destacou a importância da campanha que, neste ano, tem como slogan “A melhor luta contra o câncer de mama, é a prevenção”. “Precisamos instituir campanhas permanentes de orientação e prevenção contra o câncer de mama com informações claras e informações dos locais da realização dos exames em todo o Estado”, ressaltou a deputada.
Valéria Macêdo também destacou a necessidade da descentralização nas regionais de Imperatriz, Caxias, santa Inês, Balsas e Pinheiro, por exemplo, do exame de Estereotaxia digital, ou biópsia mamária que hoje é realizada no Maranhão, apenas no Hospital Aldenora Belo. “Sabemos que a prevenção e a realização dos exames precocemente salva vidas, principalmente dessa doença que mata em torno de 10 mil mulheres por ano no Brasil. É importante registrar que o diagnóstico precoce e o tratamento inicial têm 92% de chance de cura”, acentuou a deputada, lembrando que o autoexame e a mamografia são os meios mais eficazes de se diagnosticar a doença, mas, segundo ela, o controle da doença não depende apenas da realização da mamografia, mas, também, do acesso ao diagnóstico e ao tratamento com qualidade no tempo oportuno.
Atualmente, o Estado do Maranhão conta com mais de 80 mamógrafos em hospitais públicos, distribuídos em 25 cidades. Somente no primeiro semestre desta no, já foram realizados 14.039 exames de mamografia.
Ao finalizar, Valéria Macêdo disse que o Maranhão precisa de mais estruturas para atender as mulheres maranhenses com diagnóstico positivo, para encaminhá-las ao tratamento o mais precoce possível para assim, garantir a cura da doença. “Por ter conhecimento da necessidade de estrutura hospitalares e unidade de referência ao tratamento do câncer que tenho usado essa tribuna com frequência para pedir o apoio e agilização ao processo de credenciamento em Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON), para Imperatriz, que, quando implantada, teremos uma média de 650 cirurgias de alta complexidade por ano; cinco mil procedimentos de quimioterapia e 44 campos de radioterapia ao ano para atender as populações das regiões Tocantina, do Sul, e centro do Estado”.
Palestrantes
A palestrante Emanuela Brasileiro Medeiros, ao mostrar um pouco do cenário da incidência dos cânceres no Maranhão, destacou que em primeiro lugar, está o câncer de colo do útero; em segundo, o de pele e, em terceiro lugar, o de mama. Segundo ela, em distribuição proporcional de morte do colo do útero é maior que o de mama. “A mulher deve se cuidar e, ao identificar qualquer alteração na mama, deve procurar o hospital. O nosso problema não é a mamografia e sim a logística para fazer funcionar os mamógrafos”, afirmou ela.
Ainda segundo Emanuela Medeiros, a quantidade de mamografias realizadas no Maranhão é pequena, o que ocasiona o número elevado de mortes. “Daí a importância das mulheres procurarem o tratamento com antecedência”.
A médica oncologista Gabriela Oliveira disse que o ideal não seria detectar a doença e sim diminuir os casos. “O foco - aqui e no mundo - tem que ser o tratamento precoce. Precisamos criar políticas públicas de saúde para diminuir esse mal; precisamos criar políticas educativas com treinamento das profissionais para, logo que detectar a doença, direcionar o paciente para o tratamento médico. Fazer o diagnóstico é bom, mas, o melhor, é tratar e curar o paciente que tem o câncer de mama”.
A diretora do Hospital Aldenora Belo, Raquel Jorge Dino, exibiu um vídeo com gráficos do Instituto Nacional do Câncer, mostrando a incidência dos casos de Câncer no país e mostrou, também, imagens de pacientes com câncer de mama que fazem tratamento no Aldenora Belo. “A incidência do câncer de mama é elevadíssima. Meu apelo é no sentido de implementarmos políticas de prevenção, pois esta sim vai aumentar a incidência de cura. As mulheres precisam saber que essa é uma doença perigosa e que, portanto, precisa fazer a mamografia anualmente para se prevenir”, disse ela.
Unacon em Caxias
A presidente do Gedema, ex-deputada Cleide Coutinho, parabenizou Valéria Macêdo e agradeceu a todos que contribuíram pela realização daquele evento. Ela também afirmou que em Caxias, será inaugurada no próximo mês de dezembro, a unidade do Unacon, com a ajuda do governador Flávio Dino.
A deputada Francisca Primo – que também presidiu a sessão especial – parabenizou Valéria Macêdo pela iniciativa, “de realizar essa sessão nesse mês especial para nós mulheres, no combate ao câncer de mama”.
Também presentes ao evento, Rosiene Cutrim, chefe do Departamento de Enfrentamento a Violência contra a Mulher, representando a Secretaria Estadual da Mulher; Elisangela Correa Cardoso, presidente da Fundação da Criança e dos Adolescentes; Liziane Lobo Pinto, defensora pública, representando a Defensora Geral do Estado, Mariana Albano e, Creuzamar de Pinho, secretária Adjunta do Estado de Direitos Humanos e Participação Popular.
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Diniz