O PDT ingressou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (23), contra a Medida Provisória 926/2020, que retira poderes dos estados, dispensa licitação em compras e impõe regras para limitar a circulação de pessoas.
“Os governos estaduais já estão tomando medidas importantes para combater a pandemia de coronavírus. Essa MP cria uma crise federativa ao tirar poderes dos estados, que trabalham diariamente para enfrentar este momento de crise”, afirmou o líder do PDT no Senado, senador Weverton (PDT-MA).
A MP determina que somente o governo federal terá competência para determinar o que são serviços essenciais e limitar a circulação interestadual e intermunicipal de pessoas e mercadorias. O texto prevê ainda que caberá ao presidente da República indicar quais serviços públicos e atividades essenciais não podem ser interrompidos durante a pandemia.
“É um absurdo. O momento é de unir esforços e não concentrar todas as decisões nas mãos do governo federal”, ressaltou.
De acordo com o texto, o fechamento de portos, aeroportos e rodovias só poderá ser feito com recomendação técnica da Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária). A MP determina ainda que as ordens de restrição à circulação não podem afetar trabalhadores do serviço público e atividades essenciais como, por exemplo, saúde e segurança.
“A principal preocupação do governo deveria ser com ações de combate ao vírus, garantia de emprego e distribuição de renda. Concentrar poderes na mão do presidente não ajuda ninguém”, enfatizou.
O Congresso precisa confirmar o teor da MP 926/2020 em até 120 dias, mas as regras estabelecidas pelo texto já estão vigorando.
MP 927
Weverton ressaltou ainda que a oposição exerce um papel muito importante neste momento de crise que o país enfrenta.
“A pressão que exercemos é fundamental. Vamos apontar os erros e lutar para que os trabalhadores não sejam prejudicados. Conseguimos uma vitória na MP 927. O presidente Bolsonaro retirou do texto o artigo que autorizava as empresas a dispensarem seus empregados por quatro meses, sem salário, durante a pandemia do coronavírus”, informou.
Para o senador, o momento agora é de atenção e vigilância.
“Não vamos permitir que nenhum trabalhador seja prejudicado. Vamos lutar por todos os seus direitos. Nenhum trabalhador tem condições de ficar sem salário em uma situação como essa”, disse.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentário
Diniz