O deputado Fábio Braga (SD) ocupou a tribuna da Assembleia, na segunda-feira (21), para expressar preocupação com as consequências do fechamento de agências do Banco do Brasil no Maranhão. O BB anunciou que vai fechar 402 agências e transformar 379 em postos de atendimento no Brasil.
Em sua fala, Fábio Braga alertou que a situação é preocupante, porque o Maranhão perderá 13 agências do Banco do Brasil, em 2017. Segundo ele, em São Luís, as agências do Anjo da Guarda, do Jaracati, da Praça Deodoro e do Hospital Materno Infantil serão fechadas. No interior do Estado, serão encerradas as agências de Açailândia, no Parque das Nações, e de Imperatriz na Praça da Cultura.
O parlamentar entende que os prejuízos para a população maranhense serão incalculáveis, pois o Banco do Brasil também transformará em postos de atendimento as agências dos municípios de Amarante do Maranhão, Itinga do Maranhão, Lima Campos, Matões, Olho d'Água das Cunhãs e Parnarama. Em São Luís, as agências da Alemanha e do Anil serão transformadas em postos de atendimento.
PROBLEMAS
Fábio Braga alertou que a situação da população do Maranhão se agrava, ainda mais, por dois motivos: primeiro, por causa da dificuldade em conseguir a instalação de agências bancárias nos nossos municípios; segundo, porque dezenas de agências foram totalmente destruídas, em virtude das constantes explosões de caixas eletrônicos durante os assaltos.
Para Fábio Braga, o acesso aos bancos é indispensável para a população, principalmente para aquela que realiza negócios, como comerciantes, industriais e pecuaristas “Não é possível desenvolver um estado sem os bancos, visto que fomentam o empreendedorismo e disponibilizam linhas de crédito. A falta das agências cria problemas de todas as espécies para a comunidade”, reconhece.
Com o fechamento das agências - que não estão sequer presentes nos pequenos municípios - Fábio Braga prevê que a população será ainda mais penalizada, pois terá que procurar as cidades vizinhas, para receber salários, aposentadorias e vencimentos de programas sociais como o Bolsa Família. As prefeituras e o comércio também sofrerão prejuízos com a falta dessas agências.
PREJUÍZOS
No pronunciamento, Fábio Braga disse que a preocupação do povo do Maranhão, principalmente em tempos de insegurança, é ter o banco próximo à comunidade. “O trabalhador assalariado e a pessoa que lida com comércio, indústria e agronegócio precisa depositar seus rendimentos e investimentos em agências bancárias seguras e perto de casa”, disse.
Na avaliação de Fábio Braga, o fechamento e a transformação de agências em postos de atendimento dificultará o acesso às linhas de crédito e aos pequenos negócios que, na maioria dos casos, são garantidos pelos bancos. “O Maranhão só se desenvolverá se as agências bancárias, ainda muito precárias em boa parte do Estado, tenham uma funcionalidade objetiva e, acima de tudo, respeito a quem necessita delas”, acredita.
Concluindo, Fábio Braga comentou que, diante dessa situação, é importante que o superintendente do Banco do Brasil compareça à audiência pública, na Assembleia Legislativa, a pedido do deputado Max Barros (PMDB) – para esclarecer como serão feitas as modificações e como elas não prejudicarão ou mesmo não criarão nenhum transtorno para a população do Estado do Maranhão.
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Diniz