A
deputada Nina Melo (PMDB) subiu à tribuna na sessão desta quarta-feira
(2) para alertar o prefeito Edivaldo Holanda Junior (PTC), as
autoridades da área de saúde pública e todas as famílias de São Luís
para o risco de epidemia de doenças ocasionadas pela picada do mosquito
Aedes Aegypti, dentre as quais a Zika vírus, que vem sendo estudada como
uma das possíveis causadoras da microcefalia.
Nina Melo afirmou que tem acompanhado as informações divulgadas na
imprensa de todo o país sobre o surto de micrecefalia no Nordeste e
participado de palestras e debates acerca do tema.
Segundo ela, São Luís está entre os 200 municípios catalogados pelo
Ministério da Saúde em risco de epidemia de doenças como a dengue, Zika,
chikungunya e febre amarela.
Em seu discurso, Nina Melo fez uma solicitação: “por tudo isso e por
assumir a grande responsabilidade em cuidar das pessoas no Maranhão,
como médica e como deputada, é que solicito ao secretário de Saúde,
doutor Marcos Pacheco, que adote medidas legais e administrativas para a
criação de um Plano Estadual de Combate ao Mosquito Aedes Aegypti”.
Como parte deste Plano Estadual, a deputada sugeriu que sejam
convocados os secretários de Saúde dos 217 municípios maranhenses e que
seja feito o levantamento dos agentes de saúde e agentes epidemiológicos
que atuam no estado, para que, juntos, façam treinamentos e montem uma
Força-Tarefa para o cadastramento e acompanhamento dos pacientes
infectados pelo mosquito. E, principalmente, que seja feito o
acompanhamento de gestantes até o terceiro mês.
A deputada também sugeriu que sejam adotadas providências para
distribuição de kits de proteção contra o mosquito às famílias que se
encontram em áreas endêmicas e às famílias que tenham gestantes dentro
de casa. O kit, segundo a deputada, deverá ser composto de tela de
proteção para as portas e janelas, inseticidas, repelentes e
mosqueteiros.
Outra sugestão de Nina Melo é que seja feita uma campanha de
orientação e conscientização das famílias maranhenses para que toda a
população se sinta convidada a participar da destruição do mosquito
Aedes Aegypti.
“Nenhum estado brasileiro, até agora, apresentou tais medidas
estratégicas de forma clara. Nós, maranhenses, eu tenho certeza, daremos
exemplo de cidadania para o restante do país. A maneira mais barata e
eficaz de combater essa epidemia é esta ampla campanha”, declarou a
deputada.
Nina Melo destacou os números que comprovam o avanço dos casos de
doenças transmitidas pelo mosquito Aedes em todo o país. Segundo ela, em
2014 foram 2.338 casos de pessoas infectadas e em 2015, subiu para
7.113 casos confirmados. “É um número relevante. Realmente, não dá para
se falar em epidemia, no Maranhão, mas isso é uma verdade no restante do
País. Além disso, a maior incidência da infecção está por vir e se
encontra do mês de janeiro a junho, com pico nos meses de abril e maio”,
destacou.
Finalizando o discurso, a deputada revelou que o Ministério da Saúde
já confirmou, na semana passada, a relação do Zika vírus com a
microcefalia. “Novos estudos estão sendo realizados e nós, médicos,
aguardamos a confirmação da transmissão desse vírus por via
hematogênica, ou seja, pelo sangue e através do sêmen”.
Nina Melo alertou que a sociedade brasileira está diante de um velho
conhecido, mas o importante é reconhecer a gravidade dessa doença que, a
cada dia, se reinventa e que pode deixar como herança muitas crianças
com anomalias congênitas incuráveis.
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Diniz