O deputado estadual Júnior Verde (PRB) participou, nesta quatrta (08), da primeira audiência sobre a demissão de cerca de 650 funcionários da Alumar. A reunião foi realizada pela Comissão de Assuntos Econômicos da Assembleia Legislativa, da qual o parlamentar faz parte. Ele lamentou o fato de a empresa não ter enviado nenhum representante para os debates.
“É uma grande preocupação nossa discutir o que de fato levou a Alumar a cometer esse ato de demissão em massa. Os trabalhadores são a base, o alicerce de qualquer sociedade. Compreendemos essa importância e vamos buscar o diálogo para tentar reverter essa situação”, garantiu.
O parlamentar, autor de uma Indicação que criou uma Comissão Especial para discutir a crise no setor metalúrgico do Estado, informou que buscará explicações da Alumar. “Se Maomé não vai à montanha, a montanha vai à Maomé. Vamos até a Alumar buscar alternativas para manter esses empregos. Eles não estão afrontando apenas os trabalhadores, mas o Estado. Todas as indústrias que operam no Maranhão recebem incentivos, e o que nós esperamos é a contra-partida social, os investimentos no trabalhador, o que não estamos vendo da Alumar”, lamentou.
O representante do Ministério Público do Trabalho, o procurador Maurel Mamedes Selares, revelou que a Alumar realizou a demissão através de uma simples reunião de mediação. “Não houve um debate prévio sobre essas demissões. Uma demissão desse porte precisa ser negociada, discutida. Não houve critérios, e cada caso precisa ser avaliado. São 650 famílias que estão sendo diretamente afetados, sem falar dos reflexos indiretos, que são as terceirizadas, o comércio”, informou o procurador.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Luís, José Maria Araújo, acusou a Alumar de ter deliberado as demissões “às escuras”. Segundo ele, “é importante que desta vez a Alumar nao fique impune pelo fato de ter demitido tantos pais de familia. Ela alega que sofre, mas o maior sofrimento é dos trabalhadores”.
Participaram da audiência representantes do Governo do Estado, do Ministério Público do Trabalho, da Federação da Indústria e Comércio do Maranhão (Fiema) e dos trabalhadores do setor metalúrgico de São Luís.
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Diniz