Dp,Eliziane Gama (PPS) |
Investigar
e Combater todo tipo de violência contra a mulher no Maranhão. Este é o
objetivo da Comissão Parlamentar do Inquérito (CPI) proposta pela deputada
estadual Eliziane Gama (PPS).
Na manhã desta quinta-feira, dia 29 de novembro, a parlamentar pediu abertura da CPI de Combate a Violência Contra a Mulher no estado e informou que começará a recolher assinatura dos demais parlamentares para a implantação da CPI.
Eliziane aproveitou para destacar o trabalho que é realizado no país pelas organizações e movimentos sociais, e mencionou ações importantes, como a atividades da CPMI de Combate a Violência Contra a Mulher. Na tribuna ela também destacou a realização da Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres. “Durante o ano as organizações de todo o país fazem várias mobilizações no sentido da conscientizar e combater a esse tipo de ato covarde. Hoje temos no Brasil a CPMI, presidida pela deputada Jô Moraes, que tem desenvolvido um trabalho extraordinário, não apenas do colhimento de depoimentos, das oitivas feitas em todo o país, mas também nas políticas públicas para a melhoria do aparelhamento do Estado para o combate à violência, ampliação das Varas Especializadas, Promotorias Especializadas e Delegacias Especializadas”, enfatizou.
Para
a deputada é necessário ampliar a rede de proteção e o número de delegacias
especializadas. “Temos no estado 18 delegacias especializadas, que tratam
especificamente do combate a violência contra a mulher. Porém, apenas 10
funcionam efetivamente. Ou seja, a estrutura dentro da Secretaria Estadual de
Segurança Pública é muito pequena e muito aquém daquilo que deveria ser”, assegurou.
Raios-X
Eliziane
fez referência aos dados alarmantes de violência contra a mulher no Maranhão e comentou
o número de ocorrências no estado. Segundo ela, a média anual é de mais de 6
mil ocorrências e este número tem tido aumento de ano a ano.
“De
2009 a 2010, houve um aumento de 116%. Em 2011, nessa mesma linha progressiva,
naturalmente ao final desse ano, infelizmente, esse nível de crescimento também
deve constatado”, lamentou.
De
acordo com a deputada, 40% do universo feminino já sofreu algum tipo de
violência física ou emocional no país. Ela fez destaque especial aos avanços na
legislação com a Lei Maria da Penha, mas enfatizou que muito ainda precisa ser feito,
já que a maioria das mulheres agredidas não tem conhecimentos dos mecanismos de
proteção.
“Dados da própria Secretaria de Política para
as Mulheres da Presidência da República mostram que 76% das mulheres não
conhecem as varas adaptadas de competências da Lei Maria da Penha, 72% não
sabem o que é o Centro de Referência, 67% não conhecem uma Defensoria Pública,
58% não sabem onde ficam a Varas Especiais de Violência Doméstica e 56% não
ouviram falar o que é uma Casa Abrigo e 32% não conhecem e não sabem onde ficam
as Delegacias Especializadas, ou seja, a falta de conhecimento é um dos
agravantes para a perpetuação da violência”, explicou.
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Diniz