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terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

83 anos do voto feminino: “A mulher brasileira precisa abraçar sua luta com mais vigor”, diz NiNa Melo


                                                               A avaliação da deputada estadual NINA MELO  (PMDB) 
O direito do voto feminino no país foi assegurado no Código Eleitoral Provisório Nº 21.076, em 24 de fevereiro de 1932. Essa conquista foi fruto de uma longa luta iniciada antes mesmo da Proclamação da República, quando conseguimos aprovação para permitir que, enfim, as mulheres pudessem ter direito a voto e a voz.
Há exatamente 83 anos, após travar inúmeras reivindicações e lutas, a população feminina no Brasil finalmente conquistava o direito ao voto. A decisão tomada no governo Vargas garantia também que nós pudéssemos ser eleitas para cargos legislativos e executivos. Passado tanto tempo, o que temos de fato a celebrar?
Acredito na força e competência das mulheres para resolver problemas que podem parecer insolúveis em uma gestão pública. Mas não podemos esquecer que são essas mulheres também as responsáveis por educar filhos mais comprometidos, sensíveis e humanos para cuidar do nosso país e das pessoas.
Claro que temos muito a fazer e conquistar ainda. A discriminação com base no gênero ainda acontece e é fruto de uma sociedade sexista, que ainda tem muito a evoluir em termos de educação, inclusive de formação política e cidadã. E as escolas têm papel fundamental para alavancar neste sentido, ensinando os jovens a participar da politica e votar conscientemente.
Somos mais de 100 milhões de brasileiras – mais de 50% da população – e ocupamos menos de 15% do espaço nas casas legislativas e menos ainda no Poder Executivo. Chegou o momento de a mulher abraçar com mais vigor esta luta, mostrando sua capacidade para soerguer, pelo exemplo, a imagem da classe politica nacional tão deteriorada, sobretudo nos últimos anos”
Por fim, é preciso destacar que as mulheres conseguiram, sim, se inserir no cenário político, mas em ritmo muito inferior ao desejado. Essa luta não é apenas por espaços políticos, mas por uma igualdade de gênero que só irá diminuir quando a sociedade admitir, de fato, que o papel da mulher não é só cuidar da família e da casa – e, assim, perceber que elas podem desempenhar muito bem o papel de interlocutoras do cidadão tanto no meio político quanto em qualquer outro campo de atuação.
Atualmente, a luta do seguimento feminino é pela efetivação de seus direitos fundamentais, mediante a garantia da liberdade social e do empoderamento da mulher, uma vez que ainda são vitimas de opressão e necessitam travar lutas diárias, para conquistar espaço no meio político e em todos os segmentos do país.

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Diniz